Pense bem antes de fazer cirurgia

A tentativa de ficar bonita pode virar caso de polícia. 

Esta semana, ao menos dez mulheres sofreram queimaduras pelo corpo após procedimento de bronzeamento artificial em uma clínica em Goiás e a polícia precisou interditar o local, além de investigar o crime de lesão corporal contra as clientes.

O R7 levantou casos graves envolvendo tratamentos estéticos que terminaram em denúncia nas delegacias.
Ao menos dez mulheres já registraram queixa alegando terem sofrido queimaduras após procedimento de bronzeamento em uma clínica de estética em Jataí, a 300 km de Goiânia (GO). O bronzeamento não era feito por máquina, o que é proibido no Brasil, mas pela mistura do óleo de coco com canela que as mulheres usavam e depois ficavam expostas ao sol. Após o procedimento, elas relataram que a região onde o produto foi usado começou a queimar e nasceram bolhas.
A jovem Monalisa Lombardi, de 19 anos, teve 80% do corpo queimado e está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Outra cliente também está na UTI. A polícia interditou a clínica e a dona deverá responder pelo crime de lesão corporal.
Vanessa Medeiros, uma das clientes que tiveram problemas após o procedimento, já está em casa. Ela descreve o que passou.

— Começou a esquentar o corpo, tive febre, agonia, foi queimando, pegando fogo, eu banhava e nada e foi dando bolhas.
A jovem Vânia Prisco, de 29 anos, chegou a correr risco de morte nos dois primeiros meses de internação, quando teve uma infecção após reação a procedimento estético em outubro do ano passado. Ela aplicou acrílico para aumentar o glúteo e teve uma reação 20 dias depois. O procedimento foi feito por uma falsa médica. Vânia já passou por ao menos 39 cirurgias e gastou R$ 50 mil com anestesistas.
A jovem afirmou que só soube que se tratava de uma falsa profissional quando foi até uma delegacia registrar um boletim de ocorrência. Ela não fez nenhuma pesquisa anterior sobre a aplicação e não sabia que outras jovens já haviam denunciado o mesmo problema.
O procedimento foi feito com a médica identificada como Cecília Tavares. O Conselho Regional de Medicina nega a existência de qualquer registro médico com esse nome. A suspeita é técnica em enfermagem e disse à polícia que ganhou experiência em clínicas, por isso decidiu atuar no ramo.
Em 2012, ao menos 25 pessoas registraram queixa contra o dentista Nelson Monteiro, suspeito de lesão corporal gravíssima. Ele atuava na cidade de Capão de Canoa, no Rio Grande do Sul, e teria desgastado os dentes de pacientes de forma irreparável após lixá-los. Para isso, ele dopava as vítimas. O dentista já estava com o registro da profissão suspensa no momento em que foi detido e carregava uma arma e munições sem documentação.
Conhecida como “Rainha dos Caminhoneiros” em Cascavel, no Paraná, a apresentadora de TV, Edileuza Fabrini, de 65 anos, vive hoje um pesadelo: ter que conviver com seu rosto deformado após erro médico em uma cirurgia plástica. Além de problemas de saúde, ela foi obrigada a largar o comando do programa de TV que fazia. Por causa do erro médico, Edileuza entrou na Justiça para processar o médico e também ter uma renda.


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