Internautas da Paraíba e do Nordeste usam as redes sociais para protestar contra estupro

Nana Queiroz foi a primeira a protestar na internet

Depois da divulgação de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrando que parte da população que reside no Brasil acha que mulheres que expõem o corpo merecem ser estupradas, brasileiros expressaram indignação com o resultado. Paraibanos e nordestinos postam mensagens de protesto aos resultados dessa pesquisa.

Famosos e anônimos foram às redes sociais para manifestar opiniões. A defesa ocorre de forma unânime através da tag #eunãomereçoserestuprada. 
A hashtag vem sempre acompanhada de uma foto, que, na maioria das vezes, deixa partes do corpo expostas, e ganhou força após uma jornalista de Brasília (DF) dar início a essa manifestação online através de uma mensagem no Facebook. Uma comunidade criada na rede já conta com mais de 50 mil adesões.

O administrador da página Nação Nordestina, Bráulio Bessa Uchoa, usou a fanpage para compartilhar uma imagem com a mensagem: "O cabra que estupra, merece ser capado", referindo-se à ideia de que o homem que comete esse crime deveria ter o órgão sexual retirado. Até o final da manhã desta quarta-feira (2), a publicação tinha quase 40 mil compartilhamentos e mais de 5 mil curtidas.
Foto: Nordestinos demonstram indignação com pesquisa

A cantora paraibana Socorro Lira também fez questão de mostrar uma posição acerca do assunto e postou no Facebook a imagem:

Já entre artistas e personagens importantes do país, a presidente Dilma Rousseff usou o Twitter oficial para expressar o ponto de vista.
Segundo a pesquisa, a média na Paraíba é de um estupro a cada 43 horas. Entre 2010 e 2013, 629 casos foram registrados pela Secretaria de Estado da Saúde.

O último registro no estado foi na sexta-feira (28), em Guarabira, a 104 km de João Pessoa, quando um homem foi preso acusado de estuprar a esposa na frente de três filhas do casal. A mulher contou que vinha sido agredida e protegia as menores para que não sofressem nenhum assédio.
De acordo com Lei nº 12.015/2009, a pena para quem cometer abuso é entre seis e dez anos. Caso a vítima seja menor de idade, a reclusão é de oito à 12 anos e se a conduta resultar em morte, o cidadão pode ter até 30 anos de prisão.
Foto: Daniela Mercury foi uma das primeiras celebridades a aderir à campanha
Créditos: Reprodução/Instagram 
Foto: Cantora Pitty aderiu à campanha

Blog Mari Fuxico

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